O policial militar Marcelo Abdala Neder, morto na Baixada Fluminense na
quinta-feira (5), pretendia sair da PM por causa da violência. A
informação foi passada por uma amiga da família durante o velório do
soldado, que acontece nesta sexta-feira (6), em Resende, no Sul do RJ, onde ele morava.
"Ele sempre teve o desejo de sair. Entrou na polícia, acho que ele
queria tentar dar uma vida melhor, mas não era isso que ele queria. Ele
tinha vontade de sair ou ser transferido pra Resende, por ser uma cidade
mais tranquila... Entre aspas porque hoje não tem tranquilidade em
nenhum lugar. Ele tinha um certo pavor por ver tantas coisas, não
imaginava ver tanta ruindade", contou Cristiane Lopes, amiga da família
há 10 anos.
Corpo do PM morto a tiros foi velado na Capela Alto
dos Passos
dos Passos
Ela lamentou a perda do amigo e a onda de violência contra policiais no
Rio — já são seis mortos somente nos cinco primeiros dias de 2017.
Ainda de acordo com Cristiane, Marcelo havia se casado há duas semanas.
"Ele tinha um coração muito bom. Faltam palavras pra falar, porque ele
tinha um coração realmente bom. Tá todo mundo sem entender o que
aconteceu. Por mais que a gente saiba que não foi o último, não é o
primeiro, mas é muito triste. Para os pais, para a esposa. Há 14 dias,
nós estávamos reunidos comemorando o casamento dos dois. E hoje, a gente
tá aqui", lamentou.
O corpo do PM está sendo velado na capela mortuária do Cemitério Alto
dos Passos. A cerimônia conta com a participação de familiares e amigos
do soldado e seguirá ao longo do dia. Durante o velório, a esposa do
policial passou mal e teve que ser levada para a Santa Casa. O enterro
está marcado para às 16h30 no mesmo cemitério.
Soldado Marcelo Abdalla Neder foi morto ontem por
bandidos. PM foi reconhecido por criminosos
bandidos. PM foi reconhecido por criminosos
Marcelo Abdala Neder, de 34 anos, trabalhava na Unidade de Polícia
Pacificadora (UPP), do Complexo do Lins, a Zona Norte da capital, mas morava em Resende.
Ele foi morto a tiros na madrugada de quinta-feira (5) na Via Dutra, em
Nova Iguaçu, na Baixada. O PM foi identificado por sete bandidos que
tentavam roubar a carga de um caminhão. Marcelo era casado e tinha uma
filha.
Além dele, no carro estavam outros dois soldados moradores do Sul do
Rio. Carlos Roberto Freitas, de Volta Redonda, foi baleado no joelho, e
Bruno Aurélio de Carvalho, de Barra Mansa, foi espancado e sofreu
escoriações. Os três estavam a caminho do trabalho, no Rio. Os feridos
foram encaminhados ao Hospital Geral de Nova Iguaçu e liberados no fim
da tarde de quinta.
Os criminosos fugiram levando o veículo onde estavam os militares e uma
pistola do soldado Bruno. Marcelo Abdalla foi o sexto policial militar
morto no estado do Rio nos cinco primeiros dias de 2017. De acordo com a
Secretaria de Segurança, cinco da ativa e um reformado.
O caso é investigado pela Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense e
pela Polícia Militar. A PM informou que está fazendo buscas para
prender os suspeitos.
Fonte:G1
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