“Objetivo é garantir os direitos das trabalhadoras e também levar orientação propondo
igualdade de direitos e oportunidades ao gênero feminino”.
O
Sindicato dos Empregados do Comércio de Resende, Itatiaia e Porto Real, visando
garantir os direitos das comerciárias vai implantar, no primeiro semestre de
2017, a Secretaria da Mulher. A ideia surgiu após a criação da Secretaria da
Mulher da Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços dos Estados Rio
de Janeiro e Espírito Santo (FECERJ), a qual o Sindicato é filiado. Para isso,
o Sindicato já está trabalhando na criação da Secretaria da Mulher, que terá à
frente a diretora, Simone Pacheco Mattos.
Segundo o
diretor sindical, Marco Aurélio Ribeiro, o Sindicato já definiu que no início do
próximo ano, a Secretaria da Mulher será implantada. Ele ressalta, que no mês
passado, a diretoria esteve reunida com a tesoureira da FECERJ e
presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Duque de Caixas,
Lourdes da Silva, que está a frente da Secretaria da Mulher da Federação criada
em fevereiro. “Dentro da política da Federação dos
Trabalhadores no Comércio e Serviços dos Estados Rio de Janeiro e Espírito
Santo de garantir os direitos trabalhistas e ainda trabalhar para promover o
bem-estar das mulheres no comércio, já estamos em fase de implantação da nossa
Secretaria da Mulher, que ficará a cargo da diretora Simone Pacheco Mattos”,
anunciou Ribeiro.
A diretora da Secretaria da Mulher, Simone
avalia que a implantação da Secretaria da Mulher de suma importância para
tratar não só de questões trabalhistas como também ser um canal de
participação da mulher comerciária. “Além dos direitos da mulher, pretendemos
fazer um trabalho específico com as trabalhadoras ajudando na qualificação
profissional e também no empoderamento feminino. Queremos fazer um trabalho de
conscientização, de luta por melhores salários, pela equidade de gênero no
mercado de trabalho”, revelou a diretora, informando que na base territorial do
Sindicato, 70% dos postos de trabalho são ocupados por mulheres.
“Com a maioria
das mulheres ocupando posições no comércio, precisamos ser mais assertivos
para buscarmos dentro da convenção direitos específicos para as mulheres. Ainda
mais que a nossa sociedade, de uma maneira geral é mais masculinizada e todos
os direitos que existem são para os homens. Temos que mudar esta visão. Com a
evolução do trabalho feminino, a tendência é adquirir e defender direitos
voltados para a mulher. É isso que propomos com a criação da nossa Secretaria
da Mulher” , pondera.
Situação
da trabalhadora do comércio
Para a tesoureira da Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços dos
Estados Rio de Janeiro e Espírito Santo e presidente do Sindicato
dos Empregados no Comércio de Duque de Caixas, Lourdes da Silva, embora a
situação da trabalhadora do comércio já esteja bem mais favorecida, as mulheres
ainda precisam conquistar mais direitos. “Hoje os patrões estão reconhecendo o
trabalho das mulheres no comércio. Ela é uma verdadeira administradora, divide
as tarefas em casa com a família, nos estudos e desempenha sua função no
trabalho com exímio profissionalismo representando muito bem a empresa para
qual trabalha. Este fato se deve principalmente porque a mulher sempre procura
melhorar a qualificação profissional e assim, consegue se destacar no mercado
de trabalho”, destaca Lourdes que é a diretora da Secretaria da Mu
lher da
Federação, observando que nos últimos anos as empresas têm valorizado as
mulheres. “Hoje as grandes empresas têm mudado muito em relação ao reconhecimento
do trabalho das mulheres e estão dando destaque para as trabalhadoras e as
colocando em posição de diretoria, o que é muito bom”, avalia.
Lourdes analisa também que as mulheres ainda precisam percorrer
um caminho para defender seus direitos. “A mulher precisa se impor mais no
mercado de trabalho, onde ela ainda é muito tímida. A maioria é qualificada
para ocupar os postos de trabalho e sabe discutir propostas. No entanto, a
mulher ainda é tímida para se impor e debater seus direitos. Com a Secretaria
queremos ajuda-las a descobrir todo o seu poder”, afirma a diretora,
lembrando que a proposta da Secretaria da Mulher também gira em torno do
supervisionamento dos direitos trabalhista da mulher. “Nós da Secretaria
queremos zelar pelos direitos das mulheres. Vamos verificar se as empresas
estão cumprindo a legislação que beneficia a mulher”, disse.
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